quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Biografia

Theda Skocpol nasceu em Detroit, completou seus estudos de graduação na Universidade Estadual de Michigan, BA, 1969. Na Universidade Harvard, obteve seu Doutorado/ Ph.D., em 1975, estudou com Barrington Moore Jr. Casou-se com o físico Bill Skocpol, em 1967, que ensinava na Universidade de Boston, e teve um filho, Michael Skocpol, nascido em 1988, e formado pela Universidade Brown.

Carreira

Em 1985 foi aceita como socióloga em Harvard, a primeira mulher. Ela serviu de 2005 a 2007, como reitora da Escola Superior de Artes e Ciências. Influente em sociologia como defensora das abordagens histórico-institucionais comparativas, institucionalismo histórico e sociologia histórica. É conhecida em ciência política pela "teoria da autonomia do Estado". Skocpol tem escrito extensamente para um público leigo e acadêmico. Recebeu o Prêmio Woodrow Wilson, em 1993, pelo melhor livro em ciência política. Entre 2002 e 2003, foi presidente da American Political Science Association. Em 2007, Skocpol foi agraciada com o Prêmio Johan Skytte em Ciência Política, um dos prêmios mais prestigiados do mundo em ciência política.
Ela atuou como Diretora do Centro de Estudos Políticos Americanos entre 2000 e 2006, como presidente da Social Science History Association e da American Political Science Association.
Theda Skocpol atualmente trabalha como professora de Governo e Sociologia, estudando política social e engajamento cívico nos EUA
Segundo os dados de seu perfil no site da Harvard Kennedy School, ela estuda "a desigualdade na sociedade americana, as mulheres e as políticas públicas e o desenvolvimento de associações de voluntários na história dos EUA para elucidar transformações recentes na política americana".
Skocpol foi crítica do Cap and Trade proposto para combater a mudança climática pelo Governo Obama

Pensamento

Suas obras têm sido associadas à escola estruturalista. Como exemplo, ela argumenta que as revoluções sociais podem ser melhor explicadas a partir da sua relação com estruturas específicas de sociedades agrícolas e seus respectivos estados. Ela dá a mesma importância ao papel das forças internacionais, especialmente a sua influência sobre as estruturas estatais e sociais de uma determinada sociedade. Tal abordagem difere muito de outras como a behaviorista, que tendem a enfatizar o papel das "populações" revolucionários "psicologia revolucionária" e / ou "consciência revolucionária" como fatores determinantes de processos revolucionários. A propósito, cabe referência de leitura ao trabalho do sociólogo Ted R. Gurr.
Em anos mais recentes, seu trabalho tem se concentrado especificamente nos Estados Unidos, incluindo o "Protecting Soldiers and Mothers", "Proteger Soldados e mães premiadas", uma análise histórica do estado de bem-estar americano. Ela também tem focado no engajamento cívico, liderando a pesquisa, traçando a história de associações de voluntários ao longo dos últimos dois séculos. Seu trabalho de 2003, "Democracia diminuída", procura explicar o declínio da participação cívica americana nas últimas décadas. Nessa área, ela tem se diferenciado fortemente de seu colega de Harvard Robert Putnam e outros teóricos do capital social, destacando o papel das mudanças institucionais, incluindo as políticas estatais, em moldar a vida cívica. [1] [2] [3] O livro mais famoso de Skocpol, "Estados e revoluções sociais", 1979, discute como a maioria das teorias dão conta apenas da ação direta em fazer revoluções. As revoluções são caminhos rápidos de transformação fundacional da sociedade e da estrutura de classe. Ela inclui a estrutura envolvida em criar a situação revolucionária que pode levar a revolução social que transforma as instituições civis e de governo, uma vez que a administração e o braço militares entram em colapso. Trata-se de uma análise comparativa das revoluções sociais na Rússia, França, e China. O Estado é entendido em sua teoria como um agente da mudança social e política.
De acordo com Skocpol, há duas etapas para revoluções sociais: a crise do Estado e o surgimento de uma classe dominante que tira proveito de uma situação revolucionária. A crise do Estado emerge de economias pobres, desastres naturais, escassez de alimentos, ou questões de segurança. Os líderes da revolução também têm de enfrentar essas limitações, e sua capacidade de lidar com tais limitações afeta a capacidade de restabelecimento do Estado.
Skocpol usa a luta de classes do marxismo para afirmar que as principais causas da instabilidade social são o estado das estruturas sociais, as pressões da concorrência internacional, manifestações internacionais, e as relações de classe.
Os críticos afirmam que Skocpol ignora o papel dos indivíduos e da ideologia e que ela usa variadas estratégias metodológicas comparativas.
O potencial da autonomia das burocracias públicas tem sido ignorado pelos sociólogos centrados nos estudos da sociedade. Ela afirma que os partidos são mais importantes do que o governo nos EUA e que a classe social joga um papel pesado na política dos EUA.
Skocpol defende em "Bringing the State Back In", "Trazendo de volta o Estado" de 1985, um lugar central nas explicações da política e da formação política, argumentando que teorias baseadas na sociedade, seja o keynesianismo, explicações econômicas do comportamento político ou baseadas em classe social, o caso do marxismo, estão incompletas. Skocpol afirma que a pesquisa histórico-comparativa que repousa sobre a autonomia e a capacidade do Estado, para afetar a mudança política vai contribuir para construir uma nova compreensão teórica dos Estados em relação às estruturas sociais e na atividade política em nível individual.
Em "Diminished Democracy" discute as mudanças nos EUA, o envolvimento do público e de seu recente declínio relativo.
Skocpol fala sobre como reverter isso para explicar como os EUA se tornaram uma nação cívica, fala sobre os organizadores desse movimento, sobre a gestão de organizações cívicas, as mudanças, os efeitos nocivos da mudança, e como recriar um sentimento de cidadania. Cada vez menos americanos participam de grupos de voluntários que se reúnem frequentemente. Tem havido uma proliferação de grupos sem fins lucrativos liderados por elites que podem interagir com o Governo, mas não com pessoas. Skocpol provoca o leitor com a ideia de que a participação cívica tornou-se um trabalho profissional, em vez de uma responsabilidade civil. [4] [5]
No livro “Protecting Soldiers and Mothers”, Skocpol considera o aumento dos benefícios para os veteranos da guerra civil e suas famílias, resultantes da política partidária competitivas. Soldados e mães se beneficiaram de gastos sociais, regulamentação do trabalho, e educação em saúde. Ela explica como clubes e associações vieram a preencher o vácuo deixado pelas burocracias e uma igreja oficial em todo o país, oferecendo um estudo de caso sobre como as mulheres conseguiram ganhar direitos trabalhistas, pensões, salário mínimo, e clínicas de saúde subsidiadas. Ela explica a relação entre a lógica autônoma do Estado e sua relação com movimentos de pressão. Além disso, Skocpol afirma que as mulheres eram capazes de superar classe disparidade para atingir essas metas, trabalhando em nível nacional, influenciando representantes com livros, na TV, em revistas e reuniões.

Obras

  • A Critical Review of Barrington Moore’s Social Origins of Dictatorship and Democracy. Politics and Society, 4(1), pp. 1–34
  • States and Social Revolutions: A Comparative Analysis of France, Russia, and China, 1979.
  • Bringing the State Back In, 1985
  • Review article: "Cultural Idioms and Political Ideologies in the Revolutionary Reconstruction of State Power: A Rejoinder to Sewell," The Journal of Modern History Vol. 57, No. 1, March 1985
  • Protecting Soldiers and Mothers: The Political Origins of Social Policy in the United States, 1992.
  • Social Revolutions in the Modern World, 1994.
  • State and Party in America's New Deal, with Kenneth Finegold, 1995.
  • Social Policy in the United States: Future Possibilities in Historical Perspective, 1995.
  • Boomerang: Clinton's Health Security Effort and the Turn Against Government in U.S. Politics, 1996, new edition Boomerang: Health Care Reform and the Turn against Government, 1997.
  • The Missing Middle: Working Families and the Future of American Social Policy, 2000.
  • Diminished Democracy: From Membership to Management in American Civic Life, 2003.
  • What a Mighty Power We Can Be: African American Fraternal Groups and the Struggle for Racial Equality, with Ariane Liazos & Marshall Ganz, 2006.
  • The Tea Party and the Remaking of Republican Conservatism, with Vanessa Williamson, 2011.

Ver também

Pensamento

Tilly escreveu muito sobre uma grande variedade de temas, como por exemplo : confronto político, movimentos sociais, história do trabalho, macro processos históricos, formação dos Estados nacionais, desigualdade social, teoria do desenvolvimento, método comparativo, institucionalismo, a guerra, revolução, democratização, violência coletiva, desigualdade social, sociologia urbana, e é um precursor dos métodos quantitativos em análise histórica. Temas desenvolvidos em importantes obras como : From mobilization to revolution, 1978; The politics of collective violence, 2003, Contention and democracy in Europe, 1650-2000, 2004; Social movements, 1768-2004, 2004); The contentious French, 1986; European revolutions, 1992; Coercion, capital, and European States, A.D. 990-1990, de 1990; As sociology meets history, 1981; e Big structures, large processes, huge comparisons, 1985).[3]
Seus primeiros estudos foram sobre imigração e sociologia urbana dos Estados Unidos. O relacionamento e a complementação entre grupos sociais.
A obra de Charles Tilly, seus trabalhos sobre movimentos sociais, nos anos 1970, foi um marco, ela combateu teorias economicistas e psicologizantes, explicando, internamente, ao campo político, o processo de mobilização coletiva. Tilly apresenta a lógica dos confrontos políticos e modo como se relacionam com o contexto político, social e econômico. O relacionamento complexo dos elementos culturais com os processos políticos.
Seu estudo histórico comparativo sobre a ação coletiva, tem como referência os séculos XVIII e XIX, Tilly demonstra que cada época tem um repertório diferente e uma forma de organização que torna o movimento mais ou menos eficiente. Na perspectiva da sua sociologia do conflito, Tilly foi um crítico do individualismo metodológico, da microssociologia e da Teoria da Escolha Racional. [4] [5]
O "repertório" não é propriedade exclusiva de um dado grupo, mas uma estrutura compartilhada de conflito. Ele pode ser mais ou menos limitado, segundo cada estrutura histórica de conflito. O confronto é entendido como estruturante.
Não se pode recorrer a um esquema de atores lançando mão de meios para o alcance de fins específicos, ou seja, o emprego de um repertório dado de meios, como propõe a Teoria da Escolha Racional.
O conceito de "repertório" trata de interações, relações, entre grandes grupos de atores, e não ações isoladas. O conceito é relacional, uma interação entre várias partes. O "repertório" é estrutural e estruturante, engloba formas de pensar, desejos, valores e crenças e sua transformação. É, portanto, um conhecimento social sedimentado, composto por memórias e acordos compartilhados. Implica padrões e suas variações, o repertório delimita as possibilidades da rotina, como uma língua que varia nas falas e dialetos, ou na desempenho individual.
O conceito de "repertório" é utilizado para explicar a ação coletiva, o limitado leque de opções no confronto político, em determinados períodos históricos, dentro de processos culturais de longa duração e de suas correspondentes transformações sociais.
Tilly chegou ao conceito de "repertório", a partir da teoria interacionista de E. Goffman e do conceito de "mentalidade" da Escola de Annales, extraindo elementos das duas correntes, constituindo, assim, a sua metodologia de pesquisa e estudo da "política contenciosa".[6]
Formação do Estado nacional
Charles Tilly é muito conhecido por suas análises de grandes processos de transformação histórica como a formação dos estados nacionais europeus. Ele esforça-se por explicar como essa entidade política se tornou dominante em relação às organizações políticas anteriores. A formação dos Estados nacionais exigiu um elevado nível de coerção e de capital. A partir da Idade Média, o alto nível de coerção e capital fizeram o Estado nação preponderar sobre reinos menores e organizações do tipo cidade-estado, que passaram a ter duas opções : desaparecer ou seguir o modelo dos estados nacionais. A montagem de uma poderosa máquina de guerra foi fundamental nesse processo. A organizações pré-estatais diferenciavam-se pela quantidade de capital e pela capacidade de coerção sobre seus territórios. Veneza, por exemplo, usava o seu vasto capital para comprar os serviços de defesa militar, grupos mercenários, a Espanha, por sua vez, tinha como característica a extração intensa do capital escasso de sua população e a intensa coerção; portanto segurança e esforço de guerra explicam o rumo do processo histórico. Os governos sem máquina militar pujante padeceram diante de seus rivais. As diferenças de tamanho foram um fator determinante da supremacia da Espanha e França sobre os pequenos Estados italianos. O fator econômico isolado não necessariamente tem o poder explicativo de maior importância.
Não há modelo padrão, teleologia, esquemas simplificados de explicação, o autor mergulha na riqueza da história para entender a formação dos modernos estados nacionais. O autor desce a uma análise histórica detalhada e elenca outros fatores importantes na formação dos estados nacionais como as navegações, o comércio de longa distância, a necessidade de mercados integrados do capitalismo comercial, a luta da burguesia contra os poderes da nobreza feudal, despesas com veteranos de guerra, entendidos à luz da sua perspectiva teórica. (Cfr. Coerção, Capital e Estados europeus, AD 990- 1992) [3]
O esforço de guerra e a consequente necessidade de aumento da arrecadação para a formação de grandes exércitos seriam, também, os fatores responsáveis pelo surgimento do governo direto, ou da centralização administrativa, com a adoção de um sistema tributário único, sem interferência dos poderes locais. Tilly nega que os soberanos europeus tenham optado por um modelo de organização do Estado, e se esforçado para implementá-lo. A obtenção de recursos é missão difícil, implica concessões para as classes privilegiadas e poderes locais, como intervenções do Estado e serviços públicos, elementos fundamentais da barganha. As concessões para a extração de recursos, com o objetivo de dar conta do desafio imposto pelo imperativo dos padrões bélicos vigentes, explicaria o surgimento de várias instituições modernas.
Inglaterra e França, com sua combinação de coerção e capitais, não são padrões, formas ideais, ou modelos típicos de desenvolvimento, mas organizações que se tornaram dominantes, em decorrência das contingências históricas, ou do tipo de confronto bélico comum, e das respostas possíveis oferecidas pelas nações envolvidas, a partir de um dado momento. A República de Veneza possuía vasto capital e contratava serviços militares e assim viveu por muito tempo. Na Rússia, um acordo entre príncipes beligerantes permitiu uma coerção extensa e baixa capitalização do Estado, com base na exploração das atividades agrárias. (Cfr. Coerção, Capital e Estados europeus, AD 990- 1992) [3]
Charles Tilly, em Democracy, 2007, classifica os estados nacionais, num gráfico cartesiano, entre os de mais baixa capacidade e menos democráticos e os de maior capacidade e altamente democráticos, como também de alta capacidade e não democráticos e baixa capacidade e democráticos. A democracia é um conjunto de relações entre Estado e cidadãos que envolvem elementos como "extensão", ou seja, qual a quantidade dos grupos que podem apresentar demandas ao Estado, "igualdade", ou qual a disparidade de probabilidade dessas demandas se transformarem em ações do Estado, "proteção", quais a liberdades respeitadas pelo Estado nessa relação e, finalmente, os compromissos mútuos assumidos [7]

Premiações

Veron

Formado em filosofia desde 1961 na Universidade de Buenos Aires, estudou também no Laboratório de Antropologia Social do College de France, aluno de Claude Lévi-Strauss. Sua teoria de "Semiose Social" é referência no campo de semiótica.[1]
A partir de 1966, Verón foi professor do Departamento de Sociologia da Universidade de Buenos Aires como pesquisador científico e foi diretor do Centro de Investigações Sociais do Instituto Torcuato Di Tella. O regime militar dificultou e quase inviabilizou suas pesquisas. [2]

Pensamento

Sua formação é de filósofo e sociólogo. Verón procurou elaborar uma síntese entre psicanálise, marxismo e linguística estrutural. Estudou a comunicação associada a fatores políticos e discursos sociais nos meios de comunicação, e adotou uma interpretação ideológica dos meios de comunicação. Da lingüística, ele retirou os fundamentos para usar nas ciências sociais, sua referência foi a obra de Ferdinand Saussure, Verón seguiu a trajetória de seu professor Claude Lévi-Strauss.
Com Carlos E. Sluzki, diretor do Centro de Pesquisas Psiquiátricas do serviço de Neuropsiquiatria da Policlínica de Lánus, pesquisou os comportamentos e os sistemas de representação, relacionando a psicanálise com a teoria da comunicação. Verón também abordou questões epistemológicas e a teoria de Weber e Parsons. [3]

Obras

  • Conducta, Estructura y Comunicación, 1968.
  • Lenguaje y Comunicación Social, 1969.
  • Comunicación y Neurosis, com Slusks, 1970.
  • El Processo Ideológico, 1971, direção .
  • Imperialismo, Lucha de Classes y Conocimiento: 23 anos de sociologia em Argentina, 1974.
  • A Produção de sentido, 1980.
  • Construire I’ événement, Les médias et I’ accident de Three Mile island, 1981
  • Ethnographie de I’ exposition, I espace, le corps et le sens, com M. Levasseur, 1984
  • Les spectacles Scientifiques télévisés. Figures de la production et de la récepcion, com E. Fouquier, 1986
  • Peron o Muerte. Los fundamentos discursivos del fenômeno peronista, 1986.
  • La Sémioseis Sociale, fragmentos d’ una théorie de la discursivité, 1988.
  • Espaces du livre, 1989.
  • Esto no es un libro, 1999.
  • Efectos de agenda, 1999.

    Pensamento

    Com "Ascensão e queda das Grandes Potências", The Rise and Fall of the Great Powers , de 1987, obra traduzida em mais de 20 idiomas, com alcance enciclopédico, Paul Kennedy tornou-se mundialmente conhecido por sua tese que relacionava o crescimento das despesas militares das grandes potências, ao longo da historia, desde o ano 1500, com o seu declínio econômico e político. Potências como Espanha, Holanda, França, Grã-Bretanha e Alemanha passaram por esse processo, e os Estados Unidos também estavam fadados a lidar com o chamado esgotamento imperial.
    Dois anos após a publicação de seu livro, ocorreu o colapso da URSS. No caso da URSS, sua tese, a princípio, se confirmou, despesas militares sobrecarregaram o orçamento e comprometeram a produtividade da economia soviética, prejudicando outros setores fundamentais para a atividade industrial e a vida da população. Escassez generalizada, baixa qualidade dos produtos, falta de inovação tecnológica, atraso em relação ao Ocidente caracterizaram a economia soviética.
    Os fatores econômicos/tecnológicos e estratégicos/militares são os principais responsáveis pelo surgimento de potências em cada contexto, existem muitos outros fatores que explicam a projeção internacional de determinadas nações, em cada conjuntura histórica. Não há uma causa única ou um único fator determinante asseveram os especialista da área, Paul Kennedy concorda, mas destaca essa correlação como fundamental, a mais relevante, segundo sua teoria. A produtividade ou o desempenho econômico implicando em projeção no sistema internacional. [1] [2]
    Os outros fatores que explicam a projeção de grandes potências relacionam-se à geografia, ao tamanho da população, à organização militar, à coesão nacional, à identidade nacional e a um sistema de alianças em que o país encontra-se inserido.
    Sem riqueza acumulada, torna-se impossível a presença internacional como potência militar e a ação imperial. Os interesses estratégicos geram conflitos entre as potências, as guerras sangrentas pela disputa de objetivos estratégicos e a acumulação de riqueza. Há uma relação, no longo prazo, entre o crescimento econômico e o crescimento militar e também um declínio em face de um agigantamento do aparato militar, a debilitação da estrutura econômica. O Império Habsburgo, por exemplo, poderia ultrapassar seus rivais, mas o peso de sua estrutura militar, os repetidos conflitos debilitaram a sua base econômica. A economia enfraquecida, ou o desequilíbrio entre os recursos materiais e seu poder militar explicaria a sua perda de poder no sistema internacional da época.
    Os EUA, contudo, mantiveram-se como uma superpotência, beneficiados pela redução das despesas da corrida armamentista, fato que permitiu o retorno do setor público aos gastos tradicionais da economia, segundo as demandas da democracia, na era pós-guerra fria. O modelo realista de Paul Kennedy teria subestimado tais fatores, os mercados em sintonia com as demandas de uma sociedade democrática e livre, no contexto de fim da guerra fria; a força dos mercado doméstico, após a interrupção da corrida armamentista. Os EUA tornaram-se, então, a única superpotência do planeta, pois retiveram os três elementos fundamentais para essa definição, a força política, econômica e militar.
    Paul Kennedy também escreveu sobre o mundo na era da globalização, o papel da ONU, e os desafios do século XXI, a desigualdade de desenvolvimento entre países, a revolução tecnológica, o mercado financeiro e as crises especulativas, as imigrações e a ecologia. [3] [4]

    Condecorações

    • Commander of the Order of the British Empire, 2001
    • Fellow of the British Academy, 2003.
    • Caird Medal/The National Maritime Museum, 2005.
    • US Naval War College's Hattendorf Prize Laureate for 2014.

    Obras

  • Engineers of Victory: The Problem Solvers Who Turned the Tide in the Second World War, 2013
  • The Parliament of Man: The Past, Present, and Future of the United Nations, 2006
  • From War to Peace: Altered Strategic Landscapes in the Twentieth Century, 2000
  • Preparing for the Twenty-first Century, 1993
  • Grand

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

  1. Claus Offe (Berlim, 16 de março de 1940[1]) é um sociólogo da política, de orientação marxista.[2] Ele recebeu o título de PhD pela Universidade de Frankfurt e sua habilitação pela Universidade de Konstanz. Na Alemanha, assumiu cadeiras de ciência política e sociologia política nas universidades de Bielefeld (1975 a 1989), Bremen (1989 a 1995) e na Universidade Humboldt de Berlim (1995 a 2005). Ele trabalhou como professor visitante na Universidade Stanford, Universidade de Princeton, Universidade Nacional da Austrália, Universidade da Califórnia em Berkeley e a Universidade New School em Nova Iorque. Atualmente, ensina sociologia política em uma universidade privada de Berlim, a Hertie School of Governance.
    Claus Offe casou-se com Ulrike Poppe em 2001.

    Pensamento

    Tendo sido aluno de Jürgen Habermas, Claus Offe é considerado parte da segunda geração da Escola de Frankfurt. Fez notáveis contribuições para a compreensão das relações entre democracia e capitalismo. Seu trabalho recente aborda economias e estados em transição democrática.
    Claus Offe é mais conhecido do grande público por sua obra "Capitalismo desorganizado", de 1985, na qual descreve a relação entre a sociedade e o Estado no capitalismo avançado e trata de várias questões relacionadas a esse estágio do capitalismo. O desenvolvimento do Estado, segundo Claus Offe, é determinado pelos seguintes critérios : 1) promoção da paz social, 2) promoção dos direitos da cidadania, 3) ação ativa da cidadania como fonte da sua legitimidade, 4) distribuição de recursos e a administração da sociedade, nos termos do Estado de bem-estar keynesiano. Cabendo ao Estado regular a relação entre a sociedade civil e sua matriz do poder social e a autoridade política. Produzir, enfim, um equilíbrio entre as forças sociais e as funções políticas. As políticas keynesianas visam manter o crescimento econômico e o Estado de bem estar social objetiva garantir os direitos dos trabalhadores, principalmente quando ameaçados por crises econômicas. Uma multiplicidade de funções são exercidas pelo Estado moderno, sendo impossível reduzir essa complexidade.
    Um novo estado da relação entre as forças do trabalho e do capital se constituiu, no momento em que escreve. A interação regular entre as empresas e suas entidades de representação e o trabalho, através dos sindicatos, característica da sociedade das grandes corporações e do capitalismo financeiro, sofreu uma ruptura, resultado da reestruturação e da recessão vivida no período.
    Uma série de fatores afetaram o processo econômico e o sistema político dessa sociedade. Fatores como a mudança na estrutura ocupacional, fim do pleno emprego, divisão crescente entre empregados e desempregados, crescimento do setor de serviços e do setor informal, dificuldade das organizações corporativas em cumprir os seus objetivos e de administração das demandas políticas e conflitos distributivos implicaram em profundas mudanças no processo político das democracias liberais, favorecendo o surgimento de uma cultura pós-moderna e de interesses fragmentados. Um desafio colocado para essa sociedade. [3] [4]

    Referências


  2. «Claus Offe. Curriculum Vitae» (em inglês). Hertie School of Governance. Consultado em 10 de outubro de 2014.. Cópia arquivada em 10 de outubro de 2014

  3. Gonzales, Francisco Colom (1989). «Razão e política: entrevista de Claus Offe». São Paulo. Lua Nova (19): 81-106. ISSN 0102-6445. doi:10.1590/S0102-64451989000400007. Consultado em 10 de outubro de 2014.. Cópia arquivada em 10 de outubro de 2014 "Gonzalez - (...) Você recorreu, no decorrer do tempo, a distintas tradições teóricas (marxismo, teoria de sistemas, teoria da decisão racional), inclusive se definiu sem dificuldades como metodologicamente eclético." "(...) Offe - (
    Alvin Harvey Hansen conhecido como Alvin Hansen, (23 de agosto de 1887, Viborg, Dakota do Sul, EUA - Alexandria, Virgínia, EUA, 6 de junho de 1975)

    Biografia

    Alvin Hansen era filho de uma família de origem dinamarquesa. Graduou-se no Yankton College, em 1910, e na Universidade do Wisconsin, recebeu seu Doutorado/Ph.D. em 1918. Richard T. Ely e John R. Commons foram seus professores. Ele ensinou na Universidade Brown, entre 1916 e 1919, enquanto escrevia sua tese doutoral, cujo titulo é "Cycles of Prosperity and Depression", depois de concluir sua tese, voltou à Universidade de Minnesota, em 1919, onde permaneceu até 1937. Em 1937, Alvin Hansen tornou-se o primeiro professor de Política Econômica da Universidade Harvard, posição que ocupou até 1962.
    Orientou centenas teses de doutorado, participou de centenas de bancas examinadoras. Hansen gostava de trocar opiniões com seus alunos e acolhia muitas de suas ideias. Seus antigos alunos integraram e integram diversas instituições renomadas pelo mundo, como, por exemplo, o MIT, Universidade de Yale, UCLA, Stanford, Universidade de Chicago, Universidade de Princeton e Universidade de Cambridge. Seu pensamento influenciou economistas como John Hicks, Paul Samuelson, James Tobin, Galbraith, Evsey Domar, Walter Isard e Robert Solow. Alvin Hansen exerceu enorme influência como teórico, conselheiro político e professor, desde o inicio da era Keynes, até os anos 60. James Tobin declarou que nenhum economista foi mais influente do que Hansen no redirecionamento da política macroeconômica dos EUA entre 1935 e 1965. [1]
    Alvin Hansen é conhecido por sua defesa e divulgação das teorias econômicas de John Maynard Keynes, ele é considerado o economista americano que mais fez pela "revolução keynesiana". Sendo o introdutor do keynesianismo nos Estados Unidos, recebeu, por essas razões, o apelido de "Keynes americano". Seu livro "Guia para Keynes" Guide to Keynes de 1953 foi traduzido para diversas línguas, como espanhol, japonês, italiano, francês, hindi, e coreano.
    Entre 1933 e 1934, Hansen serviu como diretor de pesquisa e secretário do importante Committee of Inquiry on National Policy in International Economic Relations. Como Conselheiro do Governo Federal, ajudou a criar the Council of Economic Advisors and the Social Security.

    Seminário de Política Fiscal em Harvard

    Seu Seminário de Política Fiscal em Harvard, em parceria com John H. Williams, se tornou um dos mais famosos do pais. Ao longo de vinte anos, todas as semanas, catedráticos e profissionais do setor público frequentaram o curso.
    As características dos dois acadêmicos eram diferentes, mas complementares, Williams era um teórico cauteloso, de mente aberta, nada dogmático, tanto em criticar quanto em defender as teorias, e era um agudo analista de temas. Hansen também era crítico em determinados momentos e temas, mas exibia uma postura de maior entusiasmo pelas novas ideais. Essa combinação de um relativo ceticismo com uma disposição de aceitação criou uma atmosfera adequada para o exame das novas ideias da teoria econômica.[2]

    Pensamento

    Com A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, lançada em fevereiro de 1936, Lord Keynes apresentou uma teoria que iria exercer um impacto profundo no pensamento econômico e nas políticas econômicas das décadas seguintes. Não se imaginava, contudo, naqueles primeiros anos, a dimensão dessa repercussão, nem o próprio Alvin Hansen podia prever.
    Uma das contribuição de Hansen mais destacadas para a teoria econômica foi desenvolvida com John Hicks, o Modelo IS/LM, ou a síntese Hicks-Hansen. A dinâmica da relação entre poupança e investimento "IS" e liquidez e oferta de moeda "LM", das expressões em inglês "investment saving/liquidity money supply". O modelo visa demonstrar com a política fiscal e monetária influenciam o produto interno. Esse modelo tem por escopo sintetizar, num único gráfico, várias possibilidades de equilíbrio entre a taxa de juros e o nível da renda de um país, como consequência das políticas econômicas adotadas. O modo como a política monetária e fiscal afetam a renda nacional. O lado real é representado pela curva IS e o lado monetário pela curva LM. A curva IS é o conjunto de combinações entre PIB e taxa de juros que garantem o equilíbrio do mercado de bens e serviços. Ela é formada pelos pontos de "equilíbrio" entre poupança e investimento. A outra curva, a LM, representa a preferência pela liquidez e oferta de moeda. A combinação entre PIB e taxa de juros que garantem o equilíbrio no mercado monetário. A quantidade de moeda e a preferência pela liquidez determinam a taxa de juros. A chamada eficiência marginal do capital, ou a taxa de retorno esperada em relação às oportunidades de investimento existentes, e a taxa de juros determinam o volume de investimentos que irão determinar o nível de crescimento e de geração de emprego.
    Hansen foi o principal arquiteto da teoria da estagnação, referida às situações de insuficiência de demanda, a problemática da demanda efetiva. Em seu livro de 1938, "Full Recovery or Stagnation", baseado Teoria Geral, de Keynes, sustenta que a economia não sai da estagnação, sem a intervenção estatal para estimular a demanda. Assim deve o governo se comportar em épocas de recessão econômica, como preconiza a Teoria Geral. Era uma inflexão na orientação clássica dos economistas para o enfrentamento de crises e tal desafio exigia um defensor com as qualificações de Alvin Hansen. O desemprego para combater a inflação era um equívoco, o controle de preços deve ser feito através da mudança na taxa juros e impostos argumentava.[3][4][5][6]
    Hansen, em 1941, no seu livro "Fiscal Policy and Business Cycles", explica as causas da grande depressão com base na teoria de Keynes e defende as políticas públicas alternativas para sair da crise.
    O ciclo de expansão depende do progresso tecnológico, do mercado de capitais e de suas expectativas, além dos fatores externos. Alvin Hansen, em "Economic Progress and Declining Population Growth", explicou a grave crise dos anos 30 não apenas como um momento agudo de contração de um ciclo econômico, mas como um efeito do fechamento de fronteiras econômicas, escassez de recursos, lentidão na inovação tecnológica, e drástico declínio no crescimento populacional.[7][8][9][10][11]
    Hansen com seus alunos foi pioneiro dos modelos de acelerador e multiplicador ou Efeito multiplicador, a ideia de uma variação no gasto autônomo produzindo uma variação mais que proporcional na renda. Ele e Keynes afirmaram a importância para os investimentos, de um crescimento estável da renda. As teses de Keynes geralmente voltavam à discussão em épocas de recessão e de busca por vias para sair da recessão, ou para evitar o início de uma recessão, mas refluíam em épocas de prosperidade como nos anos 40 e 50. Hansen também contribuiu para a criação da Fundo Monetário Internacional com base nas ideias de Keynes sobre a instabilidade nas finanças internacionais.[12][13][14][15]

    Ver também

    Obras

  • Cycles of Prosperity and Depression in the United States, Great Britain and Germany: A Study of Monthly Data 1902–1908, 1921
  • Business-cycle Theory: Its Development and Present Status, 1927

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

    George Caspar Homans (Boston, 11 de agosto de 1910Cambridge, 29 de maio de 1989) foi um sociólogo estado-unidense, professor da Universidade de Harvard.
    Conhecido por sua "teoria das trocas sociais" e da psicologia behaviorista aplicada à sociologia.
    Charles Tilly inclui George Homans entre os teóricos que mais o influenciaram.
    Homans com sua sociologia behaviorista foi um sociólogo muito influente, nos anos 50, 60 e 70, e assim debatido e criticado.
    Segundo sua teoria, os indivíduos e não grupos eram o ponto de partida teórico ou unidade fundamental. Homans é um precursor da teoria da escolha racional. A ação se realiza ou não, com base num cálculo custo/benefício, como motivação ou causa da ação. Definindo, desse modo, a ação de competição e cooperação, a autoridade e a conformidade. Homans pesquisou o comportamento social com base na teoria das trocas econômicas e nas teorias de B. F. Skinner e Edward L. Thorndike.
    George Homans era descendente de dois presidentes dos EUA, John Quincy Adams, o sexto presidente, e John Adams, o segundo presidente.
    Sua teoria propõe entender a sociedade a partir da abordagem metodológica de grupos menores como sistemas. Sistemas numa formulação matemática com hipóteses expostas em termos de relacionamento entre variáveis. Um sistema de variáveis que envolve frequência de interação, similaridade de atividade, intensidade de sentimentos, conformidade com as normas As hipóteses são construidas a partir da observação dos eventos sociais e dos costumes. Um sistema partindo dos grupos sociais pequenos "sistemas internos" que tenta explicar a sociedade como uma relação sistêmica entre grupos. Sua principal referência teórica é o economista e sociólogo italiano Vilfredo Pareto e Lawrence Joseph Henderson, Henderson, que também foi influente na elaboração do pensamento de autores como Talcott Parsons, Robert K. Merton e Elton Mayo. Esse conjunto de autores defendia esse tipo de metodologia em relação ao objeto sociedade. Estudando também o fenômemo da autoridade e do controle social.
    George Homans entendia que sociologia deve começar sua análise a partir do comportamento observado de indivíduos, e não a partir de papéis, estruturas ou instituições. Ele não nega a importância desses elementos, mas opta por examinar as condições dadas que afetam o comportamento dos agentes. A ação associada a ideias de punição, recompensa, valores pessoais, ou necessidade dos agentes, em face de restrições materiais. Uma vez criadas as instituições sociais, essas exercem efeito na conduta dos indivíduos, cabendo então a análise institucional. [1]
    Homans também escreveu sobre sociologia industrial e sociologia histórica.
    Em 1964 foi eleito Presidente da Associação Sociológica Americana. [2] [3]

    Ver também

    Obras

  • English Villagers of the Thirteenth Century (1941)
  • The human group (1950)
  • Social behaviour (1961)












Everton N Jobim
Prof Everton Jobim
Everton Jobim







Everton Jobim
Prof Everton Jobim
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Ernst Nolte (Witten, Vestfália, 11 de janeiro de 1923Berlim, 18 de agosto de 2016) foi um historiador e filósofo alemão.

Biografia

Nolte nasceu em uma família católica romana. Formado em filosofia, foi professor emérito de História Moderna na Universidade Livre de Berlim, onde lecionou, de 1973, até sua aposentadoria, em 1991. Nolte foi professor na Universidade de Marburg, de 1965 a 1973. É mais conhecido por seu trabalho Fascismo em sua época, de 1963.
Em Freiburg, Nolte foi aluno de Martin Heidegger, de quem se tornou amigo, uma grande influência em seu pensamento. Eugen Fink foi outro professor que influenciou Nolte. Depois de 1945, quando Ernst Nolte recebeu seu bacharelado em filosofia em Freiburg, trabalhou no Ensino Médio. Em 1952, recebeu um doutorado em filosofia em Freiburg, por sua tese intitulada Selbstentfremdung und Dialektik im deutschen Idealismus und bei Marx, "Auto-alienação e dialética no idealismo alemão e em Marx". Suas principais referências teóricas além dos filósofos citados são Karl Marx, Max Weber e Nietzsche.

Pensamento

Nolte, desde os anos 1960, está envolvido em controvérsias sobre a interpretação da história do fascismo e do comunismo, em estudos comparativos. Nos últimos anos, tem se dedicado ao tema "fascismo islâmico".
O fascismo é pensado como um "antimovimento" contra o liberalismo, o socialismo, um rechaço da modernidade, uma resistência à transcendência, tese defendida o O fascismo em sua época, 1963.
Segundo Nolte, a Alemanha nazista foi um "reflexo" da União Soviética. Ele afirma a necessidade de se entender as origens do fascismo na Itália, do nazismo Alemanha, além da Action Française em França, no contexto histórico dos anos 20 e 30, como resposta à revolução bolchevique. O nazismo deve sempre ser entendido no contexto histórico, e não como um regime completamente sem sentido que eclodiu na Alemanha moderna isolado do resto da historia alemã contemporânea.
Os campos de concentração seriam uma resposta aos massacres de Stalin na Ucrânia. A orientação do regime soviético de aniquilar o inimigo, diretriz de Lênin e Stalin justificaria a ideologia nazista. O extermínio soviético de uma classe teria como resposta o "genocídio de uma raça". A "barbárie asiática" como uma ameaça contra a Alemanha. A "declaração de guerra" do líder sionista Chaim Weizmann contra a Alemanha, na carta enviada por este a Neville Chamberlain, justificaria uma ação preventiva contra os judeus, após o ato hostil de 1933, além do medo dos judeus bolcheviques.[1]
Nolte, em "The Three Faces of Fascism", afirma que o totalitarismo soviético adotava a política do aniquilamento ou extermínio completo do adversário e o nazismo adotou uma linha de reação de modo simétrico.
Nolte considera a ação militar dos EUA, no Vietnã, uma versão mais cruel do que o Holocausto, em "Deutschland und der kalte Krieg", "A Alemanha e a Guerra Fria", de 1974. Ele pede o fim do estigma sobre o nacionalismo alemão, diferenciando essa linha, do "nacional-socialismo" e da conjuntura da Segunda Guerra Mundial (Cfr. "Immoral Equivalence" pp. 36–41 from The New Republic, Volume 195, Number 22, Issue 3, 750, 1 December, 1986, Charles Maier)

Historikerstreit

Historikerstreit, 1986-1987, a "disputa dos historiadores": foi uma controvérsia intelectual e política no final de 1980, na Alemanha Ocidental, sobre os crimes da Alemanha nazista. Ernst Nolte iniciou o debate. Em 6 de junho de 1986, publicou um artigo como titulo "Vergangenheit, die nicht vergehen will", "O passado que não quer ser esquecido", no diário Frankfurter Allgemeine Zeitung, afirmando que os crimes nazistas foram uma reação aos crimes do regime soviético sob Stálin, uma reação à "barbárie asiática". O genocídio de uma classe e o holocausto, o genocídio de uma raça, como uma reação exagerada. O estudo comparativo entre estados totalitários e a reação fascista ao bolchevismo. Os intelectuais de esquerda argumentam que o fascismo não pode ser comparado aos crimes do comunismo soviético, sendo sua perversidade exclusiva.[2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9]

Crítica

Suas teses têm gerado um intenso debate na Alemanha. Benjamin Weber lamenta a influência que um acadêmico de prestígio pode ter na juventude, ao afirmar que um regime intrinsecamente criminoso era um mero ato de defesa, uma ação preventiva contra grupos considerados inimigos da Alemanha. (Cfr. "Shades of Revisionism: Holocaust Denial and the Conservative Call to Reinterpret German History", Benjamin B. Weber). [10] O revisionismo é completamente diferente de inventar, falsificar a história, deslocar a culpa do antissemitismo alemão para os blocheviques, afirma Evans. [11]
Os adjetivos usados pelos adversários da tese de Nolte a definem como falaciosa, infame e monstruosa. Nada justifica confinar civis em condições precaríssimas, alegando que tais indivíduos podem se tonar inimigos internos. "Rever a história" não significa adulterar os fatos para tentar limpar a imagem da Alemanha. Em 1987, o historiador israelense de origem austríaca Walter Grab classificou a tese de Nolte como monstruosa, sem base nos fatos. Segundo ele, nada autoriza o entendimento da carta de Weizmann a Chamberlain, como uma declaração de guerra. Nolte ignora a pobreza e os parcos direitos civis que os judeus possuíam na Alemanha no ano de 1939, sua tese é um deboche com as vítimas, uma infâmia, afirma. (Cfr. “German Historians And The Trivialization of Nazi Criminality” pp. 273–278 from The Australian Journal Of Politics and History, Volume 33, Issue #3, 1987 p. 274 )
Se Hitler fez uma campanha militar prolongada contra a URSS, ele não se sentia tão ameaçado como Nolte argumenta; sua tese, portanto, não é histórica, sustenta Eberhard Jäckel. (Cfr. “Une Querelle D'Allemandes? La Miserable Pratique Des, 1993, pp. 77–78)
O historiador britânico Richard J. Evans acusa Nolte de se engajar numa fantasia geopolítica. [12] Richard J Evans sublinha que o líder sionista não falava por todos os judeus do mundo, não podia dar uma ordem a todos, com se os judeus fossem uma nacionalidade a parte. (Cfr. In Hitler's shadow: West German historians and the attempt to escape from the Nazi past. Pantheon, página 38) Nem os poloneses nem os russos tiveram a intenção de exterminar o povo alemão afirma Evans. (Cfr. In Hitler’s Shadow, New York: Pantheon, 1989 p. 81)
O bombardeio aliado não tinha a intenção de exterminar todo o povo alemão, como propõe Nolte, afirma o historiador americano Donald McKale. (Cfr. Hitler's Shadow War, New York: Cooper Square Press, 2002 p. 445 Richard J Evans)
Habermas em um artigo no "Die Zeit", de 11 de julho de 1986, critica Nolte por fazer uma apologética da era nazista, na forma de estudo da história, fechando a abertura da Alemanha para o Ocidente no pós-Guerra. [13]
Habermas rejeita a tentativa de Nolte de relativizar um regime absolutamente cruel e desumano. Ele também afirma que comparar o genocídio no Camboja com a Alemanha não faz nenhum sentido, porque aquela sociedade era em termos políticos, culturais e econômicos, completamente diferente da Alemanha, um pais democrático, rico, industrializado e parte da civilização ocidental. Richard Löwenthal nega a tese de Nolte, afirmando que, até 1941, não havia conhecimento na Alemanha do massacre de holodomor. (Cfr. Reworking the past: Hitler, the Holocaust, and the historians' debate. p. 9, Beacon Press, Baldwin, Peter, 1990.[14] [15] [16] [17] [18] [19] [20] [21]
Segundo Hagen Schulze, Habermas não foi bem sucedido em provar a singularidade do holocausto, o seu caráter único na história, em comparação com eventos semelhantes. (Cfr. Die Zeit em Setembro 26, 1986, Schulze,1993, p. 94)
Os alemães não sabiam do holocausto quando esse acontecia, foi um projeto pessoal de Hitler, afirma Nolte. (Cfr. In Hitler’s Shadow, New York: Pantheon, 1989, Evans, Richard)

Obras

  • Der Faschismus in seiner Epoche. Action francaise. Italienischer Faschismus. Nationalsozialismus.
  • Die faschistischen Bewegungen, 1966
  • Die Krise des liberalen Systems und die faschistischen Bewegungen, 1968
  • Sinn und Widersinn der Demokratisierung in der Universität, 1968
  • Theorien über den Faschismus, editor, 1984
Marxismus und Industrielle Revolution, 1983
  • Deutschland und der Kalte Krieg, 1985
  • Der europäische Bürgerkrieg 1917 1945. Nationalsozialismus und Bolschewismus, 1989
  • Das Vergehen der Vergangenheit. Antwort an meine Kritiker im sogenannten Historikerstreit, 1988
  • Nietzsche und der Nietzscheanismus, 1990
  • Geschichtsdenken im 20. Jahrhundert. Von Max Weber bis Hans Jonas, 1991
  • Martin Heidegger. Politik und Geschichte im Leben und Denken, 1992
  • Die Deutschen und ihre Vergangenheiten. Erinnerung und Vergessen von der Reichsgründung Bismarcks bis heute, 1995
  • Feindliche Nähe: Kommunismus und Faschismus im 20. Jahrhundert. Ein Briefwechsel, avec François Furet, 1998

Premiações

  • Hanns Martin Schleyer Prize, 1985
  • Konrad Adenauer Prize, 2000
  • Gerhard Löwenthal Honor Award, 2011

Ver também


Robert Neelly Bellah (Altus, Oklahoma 23 de fevereiro de 1927 — 30 julho de 2013, Berkeley, Califórnia), conhecido como Robert Bellah foi um sociólogo e educador norte-americano.
Índice

    1 Biografia
    2 Carreira
    3 Pensamento
    4 Homenagens e condecorações
    5 Obras
    6 Ver também
    7 Referências

Biografia

Robert Bellah nasceu em Altus, Oklahoma e cresceu em Los Angeles na Califórnia. Seu pai era editor de um jornal local e faleceu quando Bellah tinha apenas dois anos, quando, então, sua familia mudou-se para Los Angeles. Bellah frequentava a Igreja Presbiteriana, com pessoas de todas as confissões religiosas. Entrou em contato com a literatura marxista, no ensino médio. Serviu ao Exército de 1945 a 1946, em Harvard e assumiu posição de liderança no John Reed Club, ligado ao Partido Comunista. Seu mentor em Harvard foi o famoso Talcott Parsons, o teórico da ação social, um dos mais influentes sociólogos do século XX.

Em 1948, Bellah casou-se com a sua namorada dos tempos colegiais, Melanie Hyman, ela se transferiu para Cambridge, Mass, para viver com Bellah, depois de se graduar na Universidade Stanford. Tiveram quatro filhos. O casal Bellah sofreu um grande impacto emocional com a perda de duas filhas, a primeira num ato suicida, e a segunda num acidente de automóvel, em 2010.[1]

Robert Bellah ocupou a cátedra do Centro de Estudos Japoneses e Coreanos por três décadas na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Suas reflexões sobre a religião civil, a identidade político-cultural da América, seus fundamentos históricos, foram de grande importância no período da Guerra Fria e ainda hoje.[2] [3]
Carreira

Bellah obteve sua graduação e doutorado na Universidade Harvard. Influente teórico, especialista na cultura japonesa e em estudos sobre a influência da religião e das tradições culturais na organização social e política das nações modernas e dos EUA, especialmente. Bellah graduou-se em antropologia social em 1950, sua tese de graduação teve como titulo Apache Kinship Systems, tese que ganhou o Prêmio Phi Beta Kappa, sendo publicada pela editora da Universidade Harvard. Em 1955, Bellah recebeu seu Doutorado/ Ph.D. da Universidade Harvard em Sociologia e Línguas do Extremo Oriente e publicou sua tese doutoral Tokugawa Religion, em 1957.[4][5]

Durante o período do Macartismo, o FBI intimou Robert Bellah a informar o nome de seus colegas na antiga organização comunista a que pertencera. R. Bellah foi forçado a deixar os Estados Unidos e a residir no Canada, em Montreal, onde permaneceu por dois anos, sendo agraciado como o titulo de "membro pós-doutoral" do Instituto Islâmico da Universidade McGill. Ele regressou aos EUA, após o falecimento do senador Joseph McCarthy, quando as perseguições terminaram.

Após dois anos de estudos na fase pós-doutoral, no centro de Estudos Islâmicos na Universidade McGill, em Montreal, Bellah começou a lecionar em Harvard, em 1957, e se transferiu dez anos depois, para a Universidade da Califórnia, Berkeley. Ele atuou como professor de sociologia na Universidade da Califórnia em Berkely, por 30 anos, de 1967 a 1997.

Robert Bellah faleceu aos 86 anos, devido a complicações depois de uma cirurgia cardíaca.
Pensamento

Tokugawa Religion: The Values of Pre-Industrial Japan deu inicio a tradição de seus estudos sociológicos da religião e da cultura. Uma coleção de seus principais ensaios sobre a cultura japonesa com o titulo Imagining Japan, foi lançada em 2003, abordando a relação entre as raízes culturais do Japão e a modernidade, são os escritos mais importantes de Bellah sobre a história e cultura do Japão.

Trechos de seu ensaios Religious Evolution e Civil Religion in America encontram-se na obra The Robert Bellah Reader de 2006, co-editada com o Professor da Universidade de Emory, Steven M. Tipton. Robert Bellah apresenta uma visão geral de sua vida como catedrático, seus estudos de teoria sociológica sobre uma variedade de culturas e sociedades, com o objetivo de entender o significado da modernidade e dos problemas da modernidade. Temas diversos são abordados como ética, filosofia, história das ideais, além de política e religião.[6] [7]

A força da moral religiosa na tradição cultural e política do Ocidente e, particularmente, nos EUA, é o tema central de suas análises e reflexões. Através do conceito de "religião civil", Bellah explica como a história dos EUA tem sido apresentada por intelectuais e homens públicos em termos religiosos, desde a partida dos Peregrinos da Inglaterra, até a Declaração de Independência, passando pela Guerra de Independência/Revolução Americana, Guerra Civil, Guerra Fria, Movimento dos Direitos Civis, chegando aos temos atuais, no caso da guerra ao terrorismo e de uma outra série de questões. O discurso religioso frequentemente usado para justificar a mobilização e legitimar a ação em diversos momentos da história.

Bellah analisa as formas como os pensamentos de esquerda e de direita se apropriam do discurso religioso e criticam as posições políticas contrárias, segundo suas respectivas interpretações da Bíblia. A hierarquia de valores que elaboram, baseados no seu entendimento da mensagem oferecida pela religião. Como, enfim, identificam a ideia ou a missão da América no mundo, a partir do que entendem como Vontade Divina , e, assim, a ênfase diferenciada que conferem a temas como aborto, união civil homossexual, justiça social, liberdade de escolha individual, guerra ao terrorismo e etc. [8] [9]

O fundamentalismo religioso é a negação da modernidade, o caminho correto, segundo Robert Bellah, é sempre buscar equilibrar tradição e racionalismo, fé e razão, cristianismo e iluminismo. Bellah não é um homem religioso, mas entende que esse simbolismo é importante, quando devidamente trabalhado pela razão. Ele crê na sabedoria e rejeita o domínio do pessimismo intelectual. Tem uma visão otimista sobre uma humanidade comungando de um projeto comum. Como educador, jamais admite transmitir desesperança a seus alunos. Há um otimismo ou forte esperança na vitória da razão em sua obra e em sua atividade como educador.

Bellah é um crítico das teorias baseadas em indivíduos isolados, decisões relativas a interesses exclusivamente pessoais, sem considerar o conjunto de relações socais em que se encontram inseridos, ele recorre ao pensamento de Émile Durkheim para fundamentar sua posição teórica (Cfr. Emile Durkheim on Morality and Society, 1973) [10]

Robert Bellah afastou-se do socialismo por verificar que a experiência histórica revelara o sistema soviético como extremamente mau e o Partido Comunista americano como extremamente autoritário, mas reconhece no socialismo, um poderoso crítico do capitalismo. Em relação ao socialismo, ele não crê no seu renascimento, mas, de nenhum modo, aceita uma economia de mercado sem limites éticos, impostos na forma de leis e instituições. [11]
Homenagens e condecorações

Em 2000, o Presidente Bill Clinton condecorou Robert Neelly Bellah com a Medalha Nacional de Humanidades, em 2007, ele recebeu o Prêmio da Academia Americana de Religião Martin E. Marty para a Compreensão Pública das Religiões.
Obras
Religion and Progress in Modern Asia, 1965
Beyond Belief, 1970
Emile Durkheim on Morality and Society, 1973


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Reinhard Bendix
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Reinhard Bendix (Berlim, 25 de fevereiro de 1916 — 28 de fevereiro de 1991) foi um sociólogo teuto-americano.

Imigrante alemão que radicou-se nos EUA, em 1938, fugindo do nazismo, recebeu diploma de Mestre e Doutor na Universidade de Chicago, onde lecionou de 1943 a 1946, transferindo-se, posteriormente, para a Universidade do Colorado, onde atuou por um ano, como professor-assistente, antes de se transferir para o Departamento de Sociologia da Universidade da Califórnia, Berkeley, em 1947, onde permaneceu pelo resto de sua carreira. [1] [2]

Bendix introduziu o método comparativo entre os sociólogos americanos. Ele entendia que era necessário conhecer a sociedade americana, nas suas relações com as sociedades europeias, pois o enfoque exclusivamente nacional ou local, não permitia um entendimento mais amplo da complexidade da formação social americana, no curso da história e as questões por ela suscitadas. O alargamento das fronteiras intelectuais de investigação era um imperativo.

Ele estudou a história de várias nações europeias e também de nações em desenvolvimento, como a India, a China e países muçulmanos, com o objetivo de entender como questões gerais do desenvolvimento industrial e da modernização social e política eram tratadas pelas culturas e tradições locais

Sua referência teórica era Max Weber e a metodologia dos "tipos ideais" relativos às formas de dominação política e discursos legitimadores. Obra : Max Weber : An Intellectual Portrait, 1960. As ideias, para ele, não eram apenas reflexos das condições sociais, mas forças legitimadoras, independentes e reais.

Suas obras mais importantes são : Work and Authority in Industry, de 1956; Nation-Building and Citizenship, de 1964, e Kings or People: Power and the Mandate to Rule de 1978, nelas Reinhard Bendix aplica o método da sociologia histórica comparada.

Em Work and Authority in Industry, ele investiga os discursos legitimadores da disciplina fabril e da autoridade pública, e sua compatibilização com a questão da liberdade, em países como Rússia, Inglaterra, Alemanha e EUA. A legitimação, enfim, da ideologia empresarial, o discurso da eficiência gerencial, e da autoridade pública na ordem liberal e pré-liberal, em cada contexto histórico.

Em Nation-Building and Citizenship, de 1964, Bendix analisa o modo como questões universais da contemporaneidade são contextualizadas pelas tradições e culturas locais, examinando os casos da Europa ocidental, Japão e Rússia, estudando a singularidade da condição histórica em face do avanço da modernização. O modo de combinar o moderno e o tradicional em cada contexto cultural. Bendix utiliza como "tipos ideais" as ideias de desenvolvimento e modernização.

A Revolução Industrial, a urbanização intensa, a transformação na estrutura ocupacional, a mudança política e ideológica, a formação do Estado Nação com a Revolução Francesa, a formação de novas nações, em antigas colônias europeias nas Américas, o surgimento dos grandes aparatos burocráticos, o advento do livre mercado e a criação do Estado de Bem Estar Social integram o amplo conjunto de questões tratadas no esforço teórico de fôlego empreendido por Reinhard Bendix. [3] [4]

Em Kings or People: Power and the Mandate to Rule, 1978, Bendix procura entender a razão para a emergência da soberania popular e a crise da dominação tradicional ou dinástica, no mundo ocidental, a chamada "especificidade do Ocidente". A força da nova legitimidade da ordem social e da autoridade publica, a figura do cidadão, e o declínio da legitimidade dos velhos monarcas, do conceito tradicional de soberania, dinastias de descendentes de heróis de guerra e grandes estadistas, enfraquecidos diante da nova fonte de legitimidade política, o mandato popular.

A legitimidade deslocando-se de famílias nobres, para a sociedade e a vontade popular, como fonte derradeira de toda produção legal legitima.

As investigações de Bendix, portanto, procuram esclarecer porque algumas instituições permanecem e outras não, e modo como permanecem, e prossegue indagando sobre as especificidades culturais que permitem tais combinações entre o velho e o novo, ou o tradicional e o moderno, em cada nação. A razão pela qual se estabelece um clivagem radical em cada sociedade entre o tradicional e o moderno.

Ele rejeita o evolucionismo e uma filosofia da história com as características de determinismo como o marxismo, em leitura clássica, ou teorias sistêmicas, para o entendimento da mudança social. Demonstra grande respeito pela diversidade cultural dos povos, mas afirma que existe uma lógica comum que passa a vigorar nas sociedades inseridas nesse mundo moderno, industrial e democrático. [5] [6] [7].
Sobre o método comparativo

    Barrington Moore
    Perry Anderson
    Seymour Lipset
    Charles Tilly
    Theda Skocpol
    Jeffrey Alexander