terça-feira, 19 de setembro de 2023

Heresias sobre a trindade

  Nestor Sabelio Montano Monofisista Ario Nestor separa Mãe de Cristo Monotelismo

Sabelio

Docetismo

Apolinário

Pelágio 

Ebionismo

Monoarquismo 


 Nestor Sabelio Montano Monofisista Ario Nestor separa Mãe de Cristo Monotelismo

Sabelio

Docetismo

Apolinário

Pelágio 

Ebionismo

Monoarquismo



Os concílios


Credo


Cisma


Reforma


Heresias


Weber capitalismo dominação racional


Racional

Bella discurso e paralelismo

Rousseau Religião Civil


Durkheim sociedades R Smith 


Frazer evolução da Religião 

Teologia da libertação 


Islã


Doutrina social


Credo Nicéia Constantinopla


Síria Malabar Caldeu


Mani

Monofisista 

Copta 


Unitário EUA


EUA Christian Nation 


Tonnies Simmel


Troeltsh Wundt Brentano Sombart

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

    Seymour Martin Lipset (Nova Iorque, 18 de março de 1922Condado de Arlington, 31 de dezembro de 2006) foi um sociólogo estadunidense, filho de imigrantes judeus russos

    Biografia

    Seu pai era impressor e sua mãe uma camponesa, imigrantes da Rússia Imperial.
    Lipset residiu em bairros pobres de Nova Iorque, graduou-se no City College de Nova Iorque, em 1943, e concluiu seu doutorado, PhD, na Universidade de Columbia, Nova Iorque, em 1949.
    Na juventude, sua origem operária, sua nacionalidade russa, e a influência universitária o levaram a aderir ao marxismo, sendo um socialista ativo, na vertente anti-stalinista, trotskista, e, posteriormente, a se aprofundar nas especificidades da sociedade americana. [1]

    Carreira

    Lipset foi professor da Universidade da Califórnia em Berkeley, da Universidade de Columbia, da Universidade Harvard, do Instituto Hoover, da Universidade de Stanford, entre 1975 e 1990, da Universidade de Toronto e da Universidade George Mason. [2] [3]

    Pensamento Político e Sociológico

    Sua tese de doutorado, que foi seu primeiro livro, intitulada Agrarian Socialism: The Cooperative Commonwealth Federation in Saskatchewan, 1950, o notabilizou por se constituir num esforço de explicação de porque os EUA foram a única sociedade ocidental a não ter um Partido Socialista ou trabalhista forte. Cinquenta e um ano depois, seu livro, escrito em parceria com Gary Marks, intitulado It Didn't Happen Here: Why Socialism Failed in the United States, voltou a tematizar a mesma questão, fazendo um amplo estudo comparativo com as democracias ocidentais. [4]
    Lipset destacou-se pela riqueza de sua teoria da democracia e pela defesa da tese do excepcionalismo americano, sendo um admirador dos ideais fundadores da América.
    Ele foi um dos primeiros formuladores da "teoria da modernização", afirmando a democracia como consequência necessária do desenvolvimento e do crescimento econômico. [5] Lipset definia-se como um centrista, influenciado pelo pensamento social e político de Alexis de Tocqueville, John Stuart Mill e Max Weber[6]
    Tornou-se um ativo membro da ala conservadora do Partido Democrata, após abandonar o Partido Socialista em 1960, e foi um dos primeiros "neoconservadores", corrente intelectual e política que adquiriu grande visibilidade na Era Bush.
    Lipset identificava, nos EUA, a força da cultura antiestatal, individualista, e a defesa da meritocracia e do dinamismo econômico, como fatores que explicavam a ausência de um Partido Socialista forte naquele país. Segundo Lipset, os cinco pilares do credo político americano: liberdade, igualitarismo, individualismo, populismo, e laissez-faire explicavam o caráter excepcional da democracia americana. O grau de adesão a esses princípios nos Estados Unidos, teria uma intensidade muito elevada, não observada em outras democracias ocidentais. [7]
    Lipset propõe que nos países mais ricos e desenvolvidos, os conflitos distributivos se tornam menos radicais, o desenvolvimento econômico criaria condições para ânimos menos acirrados, em outras palavras, a prosperidade geraria, progressivamente, estabilidade política. [8]
    O ideal igualitário no plano da cidadania e nas condições de disputa no mercado de trabalho, a associação entre desenvolvimento econômico e democracia, ou entre capitalismo e democracia, era enfatizada. A democracia e o capitalismo faziam uma perfeita combinação afirmava Lipset[9]
    As esquerdas americanas, por essas razões, seriam, predominantemente, anarquistas e não socialistas. O caso americano, segundo ele, era muito pouco provável de vir a confirmar a tese marxista da luta de classes levando a uma revolução inevitável. Obra de referência: It Didn't Happen Here: Why Socialism Failed in the United States, 2001
    Lipset argumentava que a fraqueza do socialismo nos EUA refletia também a heterogeneidade da classe trabalhadora.
    A estabilidade da democracia americana era explicada pelo modo mais moderado de tratar o conflito de classes, fator que favorecia emoções políticas mais contidas. Mas essa estabilidade decorria, também, da vigência de instituições que possibilitam o dissenso e o conflito, ao mesmo tempo que contribuem para a legitimidade e o consenso. A garantia de que a minoria poderá se tornar maioria em um novo governo, a importância das lideranças políticas e dos valores políticos para a boa funcionalidade dos sistema político inserem-se entre os fatores de estabilidade das instituições democráticas. Obras de referência : Political Man: The Social Bases of Politics, 1960; The First New Nation, 1963, Consensus and Conflict, 1987; The First New Nation and Continental Divide: The Institutions and Values of the United States and Canada, 1990
    Publicou obras importantes sobre organização sindical, modernização, opinião pública, estratificação social e sociologia da vida intelectual.
    Ele, também, aumentou seu envolvimento com os assuntos do judaísmo com o avançar da idade e dedicou-se muito ao tema Conflito no Oriente Médio, formulando propostas para a negociação de paz entre israelenses e palestinos. [10] [11]

    Lipset sobre George Washington

    Lipset admirava a liderança política de George Washington, constituída nas relações de poder de sua colônia natal, o atual estado da Virginia, Mount Vernon, como membro da classe rica de proprietários rurais, onde era de grande importância o caráter e a reputação das lideranças públicas, porque dessas lideranças dependia a vida da comunidade. Do mesmo modo, fundamental foi sua liderança no cenário político nacional, para fortalecer as bases da legitimidade da nova nação, que não possuía uma longa tradição. George Washington era uma figura política que unia o país e simbolizava o novo Estado perante as nações, uma personalidade que usou seu carisma a favor dos ideais da nova república, sem adotar práticas despóticas. (Cfr. Lipset, Seymour Martin. "George Washington and the Founding of Democracy." Journal of Democracy 9 (October 1998): 24-38) [12]

    Cargos que ocupou e entidades que integrou

    • Presidente da Associação Americana de Ciência Política, 1979 a 80, e da Associação Sociológica Americana, 1992 a 93.
    • Presidente da Sociedade Internacional de Psicologia Política.
    • Presidente da Associação Sociológica de Pesquisa.
    • Presidente da Associação Mundial para Pesquisa de Opinião Pública.
    • Presidente da Sociedade para Pesquisa Comparativa.
    • Presidente da Sociedade Paul F. Lazarsfeld, em Vienna.
    • Membro da Academia Nacional de Ciências.
    • Diretor do Instituto Estados Unidos da Paz
    • Membro do Conselho do Albert Shanker Institute
    • Membro do U.S. Board of Foreign Scholarships
    • Membro do Comitê para Reforma da Lei Trabalhista
    • Membro do Commitê para uma Efetiva UNESCO
    • Consultor do Instituto Nacional Humanidades
    • Consultor do National Endowment for Democracy
    • Consultor do Comitê Judeu Americano.
    • Presidente do Professores Americanos pela Paz no Oriente Médio

    Veja também

    Obras

  • Agrarian Socialism: The Cooperative Commonwealth Federation in Saskatchewan, a Study in Political Sociology (1950)
  • We'll Go Down to Washington (1951)
  • Union Democracy com Martin Trow and James S. Coleman
  • Social Mobility in Industrial Society com Reinhard Bendix (1959)
  • Social Structure and Mobility in Economic Development com Neil J. Smelser (1966)
  • Economic Development and Political Legitimacy (1959)

domingo, 2 de dezembro de 2018

Em sua obra A Persistência do Antigo Regime , de 1981, Arno J. Mayer argumenta que o poder e a influência da aristocracia não desapareceu por completo, no século XIX, apesar do avanço da burguesia, através das revoluções liberais e da Revolução Industrial. O poder das antigas aristocracias europeias ainda se fazia sentir no fim do século XIX e nas primeiras décadas do século XX. A aristocracia desejando manter poder político -- a despeito da perda de sua antiga funcionalidade econômica e política, com o avanço do capitalismo industrial -- explicaria a Primeira Guerra Mundial, a emergência do fascismo, a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto.
A dinâmica do capitalismo industrial e da ordem liberal democrática gerou várias tensões nas nações europeias, do século XIX e XX, tensões étnicas, nacionais, sociais, e ideológicas. A luta ideológica e étnica na Europa, estilhaçou o pensamento liberal democrático e sua hegemonia cultural. A antiga aristocracia, por sua vez, sem sua função tradicional, se inseriu nesse contexto, difundindo uma ideologia reacionária, autoritária, investindo, assim, contra o ideal igualitário do pensamento liberal, reacionarismo que sustentava teses como a seleção natural no nível social, o caso do darwinismo social. Era uma resposta ideológica ao desafio colocado a sua existência como classe. [1] [2]
Tal ideologia reacionária era mais poderosa onde a incapacidade da burguesia e de sua ideologia em lidar com esses conflitos e tensões se fazia sentir de modo mais evidente. Essas ideias reacionárias serviam como resposta à contestação socialista, e à Revolução Russa.
A revolução industrial não foi um processo homogêneo, em certos países, o poder e a ideologia aristocrática ainda subsistiam com relativa força. Países com burguesia mais débil e tradição democrática mais fraca abriram as portas para essa ideologia de modo franco, como forma de enfrentar os desafios colocados pela modernidade.
Cai por terra, na perspectiva de Arno Mayer, a ideia otimista do avanço de um mundo racional, próspero, democrático, de modo generalizado, com o advento da burguesia, sobre os escombros da Bastilha em 1789, como pretendia a ideologia liberal.
Não há linearidade, não há teleologia, há avanços e recuos na história. As instituições republicanas não foram constituídas do zero, o Antigo Regime não havia desaparecido totalmente com a Revolução de 1789, nem com a Revolução de 1848, afirma Arno J. Mayer. [3] [4]

Crítica

O historiador britânico Eric Hobsbawn, nas suas três grandes obras, a Era das Revoluções (1789-1848), de 1962, a Era do Capital (1848-1875), de 1975, e A Era dos Impérios (1875-1914), de 1987, narra as transformações vividas pela sociedade britânica no século XIX, a formação do império colonial, a revolução industrial e o contexto europeu com as revoluções liberais, ele não tem dúvida em afirmar que a burguesia se tornou a classe dominante, e a Inglaterra uma sociedade capitalista, regida pelos princípios da economia liberal. A nobreza passou a exercer outras funções na administração, como na área do ensino por exemplo, e a depender de atividades empresariais para viver. Não houve uma persistência da aristocracia como classe dominante, no fim do século XIX e nas primeiras décadas do século XX, como afirma Arno Mayer. O que houve, na verdade, foi a adoção de um estilo de vida aristocrático pela burguesia. Foram os capitalistas que adotaram os valores da antiga aristocracia proprietária de terras e não uma submissão da burguesia ao poder da antiga aristocracia rural em troca de uma suposta segurança para seus negócios. [5]

Ver também

Escola de Annales

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Biografia

Theda Skocpol nasceu em Detroit, completou seus estudos de graduação na Universidade Estadual de Michigan, BA, 1969. Na Universidade Harvard, obteve seu Doutorado/ Ph.D., em 1975, estudou com Barrington Moore Jr. Casou-se com o físico Bill Skocpol, em 1967, que ensinava na Universidade de Boston, e teve um filho, Michael Skocpol, nascido em 1988, e formado pela Universidade Brown.

Carreira

Em 1985 foi aceita como socióloga em Harvard, a primeira mulher. Ela serviu de 2005 a 2007, como reitora da Escola Superior de Artes e Ciências. Influente em sociologia como defensora das abordagens histórico-institucionais comparativas, institucionalismo histórico e sociologia histórica. É conhecida em ciência política pela "teoria da autonomia do Estado". Skocpol tem escrito extensamente para um público leigo e acadêmico. Recebeu o Prêmio Woodrow Wilson, em 1993, pelo melhor livro em ciência política. Entre 2002 e 2003, foi presidente da American Political Science Association. Em 2007, Skocpol foi agraciada com o Prêmio Johan Skytte em Ciência Política, um dos prêmios mais prestigiados do mundo em ciência política.
Ela atuou como Diretora do Centro de Estudos Políticos Americanos entre 2000 e 2006, como presidente da Social Science History Association e da American Political Science Association.
Theda Skocpol atualmente trabalha como professora de Governo e Sociologia, estudando política social e engajamento cívico nos EUA
Segundo os dados de seu perfil no site da Harvard Kennedy School, ela estuda "a desigualdade na sociedade americana, as mulheres e as políticas públicas e o desenvolvimento de associações de voluntários na história dos EUA para elucidar transformações recentes na política americana".
Skocpol foi crítica do Cap and Trade proposto para combater a mudança climática pelo Governo Obama

Pensamento

Suas obras têm sido associadas à escola estruturalista. Como exemplo, ela argumenta que as revoluções sociais podem ser melhor explicadas a partir da sua relação com estruturas específicas de sociedades agrícolas e seus respectivos estados. Ela dá a mesma importância ao papel das forças internacionais, especialmente a sua influência sobre as estruturas estatais e sociais de uma determinada sociedade. Tal abordagem difere muito de outras como a behaviorista, que tendem a enfatizar o papel das "populações" revolucionários "psicologia revolucionária" e / ou "consciência revolucionária" como fatores determinantes de processos revolucionários. A propósito, cabe referência de leitura ao trabalho do sociólogo Ted R. Gurr.
Em anos mais recentes, seu trabalho tem se concentrado especificamente nos Estados Unidos, incluindo o "Protecting Soldiers and Mothers", "Proteger Soldados e mães premiadas", uma análise histórica do estado de bem-estar americano. Ela também tem focado no engajamento cívico, liderando a pesquisa, traçando a história de associações de voluntários ao longo dos últimos dois séculos. Seu trabalho de 2003, "Democracia diminuída", procura explicar o declínio da participação cívica americana nas últimas décadas. Nessa área, ela tem se diferenciado fortemente de seu colega de Harvard Robert Putnam e outros teóricos do capital social, destacando o papel das mudanças institucionais, incluindo as políticas estatais, em moldar a vida cívica. [1] [2] [3] O livro mais famoso de Skocpol, "Estados e revoluções sociais", 1979, discute como a maioria das teorias dão conta apenas da ação direta em fazer revoluções. As revoluções são caminhos rápidos de transformação fundacional da sociedade e da estrutura de classe. Ela inclui a estrutura envolvida em criar a situação revolucionária que pode levar a revolução social que transforma as instituições civis e de governo, uma vez que a administração e o braço militares entram em colapso. Trata-se de uma análise comparativa das revoluções sociais na Rússia, França, e China. O Estado é entendido em sua teoria como um agente da mudança social e política.
De acordo com Skocpol, há duas etapas para revoluções sociais: a crise do Estado e o surgimento de uma classe dominante que tira proveito de uma situação revolucionária. A crise do Estado emerge de economias pobres, desastres naturais, escassez de alimentos, ou questões de segurança. Os líderes da revolução também têm de enfrentar essas limitações, e sua capacidade de lidar com tais limitações afeta a capacidade de restabelecimento do Estado.
Skocpol usa a luta de classes do marxismo para afirmar que as principais causas da instabilidade social são o estado das estruturas sociais, as pressões da concorrência internacional, manifestações internacionais, e as relações de classe.
Os críticos afirmam que Skocpol ignora o papel dos indivíduos e da ideologia e que ela usa variadas estratégias metodológicas comparativas.
O potencial da autonomia das burocracias públicas tem sido ignorado pelos sociólogos centrados nos estudos da sociedade. Ela afirma que os partidos são mais importantes do que o governo nos EUA e que a classe social joga um papel pesado na política dos EUA.
Skocpol defende em "Bringing the State Back In", "Trazendo de volta o Estado" de 1985, um lugar central nas explicações da política e da formação política, argumentando que teorias baseadas na sociedade, seja o keynesianismo, explicações econômicas do comportamento político ou baseadas em classe social, o caso do marxismo, estão incompletas. Skocpol afirma que a pesquisa histórico-comparativa que repousa sobre a autonomia e a capacidade do Estado, para afetar a mudança política vai contribuir para construir uma nova compreensão teórica dos Estados em relação às estruturas sociais e na atividade política em nível individual.
Em "Diminished Democracy" discute as mudanças nos EUA, o envolvimento do público e de seu recente declínio relativo.
Skocpol fala sobre como reverter isso para explicar como os EUA se tornaram uma nação cívica, fala sobre os organizadores desse movimento, sobre a gestão de organizações cívicas, as mudanças, os efeitos nocivos da mudança, e como recriar um sentimento de cidadania. Cada vez menos americanos participam de grupos de voluntários que se reúnem frequentemente. Tem havido uma proliferação de grupos sem fins lucrativos liderados por elites que podem interagir com o Governo, mas não com pessoas. Skocpol provoca o leitor com a ideia de que a participação cívica tornou-se um trabalho profissional, em vez de uma responsabilidade civil. [4] [5]
No livro “Protecting Soldiers and Mothers”, Skocpol considera o aumento dos benefícios para os veteranos da guerra civil e suas famílias, resultantes da política partidária competitivas. Soldados e mães se beneficiaram de gastos sociais, regulamentação do trabalho, e educação em saúde. Ela explica como clubes e associações vieram a preencher o vácuo deixado pelas burocracias e uma igreja oficial em todo o país, oferecendo um estudo de caso sobre como as mulheres conseguiram ganhar direitos trabalhistas, pensões, salário mínimo, e clínicas de saúde subsidiadas. Ela explica a relação entre a lógica autônoma do Estado e sua relação com movimentos de pressão. Além disso, Skocpol afirma que as mulheres eram capazes de superar classe disparidade para atingir essas metas, trabalhando em nível nacional, influenciando representantes com livros, na TV, em revistas e reuniões.

Obras

  • A Critical Review of Barrington Moore’s Social Origins of Dictatorship and Democracy. Politics and Society, 4(1), pp. 1–34
  • States and Social Revolutions: A Comparative Analysis of France, Russia, and China, 1979.
  • Bringing the State Back In, 1985
  • Review article: "Cultural Idioms and Political Ideologies in the Revolutionary Reconstruction of State Power: A Rejoinder to Sewell," The Journal of Modern History Vol. 57, No. 1, March 1985
  • Protecting Soldiers and Mothers: The Political Origins of Social Policy in the United States, 1992.
  • Social Revolutions in the Modern World, 1994.
  • State and Party in America's New Deal, with Kenneth Finegold, 1995.
  • Social Policy in the United States: Future Possibilities in Historical Perspective, 1995.
  • Boomerang: Clinton's Health Security Effort and the Turn Against Government in U.S. Politics, 1996, new edition Boomerang: Health Care Reform and the Turn against Government, 1997.
  • The Missing Middle: Working Families and the Future of American Social Policy, 2000.
  • Diminished Democracy: From Membership to Management in American Civic Life, 2003.
  • What a Mighty Power We Can Be: African American Fraternal Groups and the Struggle for Racial Equality, with Ariane Liazos & Marshall Ganz, 2006.
  • The Tea Party and the Remaking of Republican Conservatism, with Vanessa Williamson, 2011.

Ver também

Pensamento

Tilly escreveu muito sobre uma grande variedade de temas, como por exemplo : confronto político, movimentos sociais, história do trabalho, macro processos históricos, formação dos Estados nacionais, desigualdade social, teoria do desenvolvimento, método comparativo, institucionalismo, a guerra, revolução, democratização, violência coletiva, desigualdade social, sociologia urbana, e é um precursor dos métodos quantitativos em análise histórica. Temas desenvolvidos em importantes obras como : From mobilization to revolution, 1978; The politics of collective violence, 2003, Contention and democracy in Europe, 1650-2000, 2004; Social movements, 1768-2004, 2004); The contentious French, 1986; European revolutions, 1992; Coercion, capital, and European States, A.D. 990-1990, de 1990; As sociology meets history, 1981; e Big structures, large processes, huge comparisons, 1985).[3]
Seus primeiros estudos foram sobre imigração e sociologia urbana dos Estados Unidos. O relacionamento e a complementação entre grupos sociais.
A obra de Charles Tilly, seus trabalhos sobre movimentos sociais, nos anos 1970, foi um marco, ela combateu teorias economicistas e psicologizantes, explicando, internamente, ao campo político, o processo de mobilização coletiva. Tilly apresenta a lógica dos confrontos políticos e modo como se relacionam com o contexto político, social e econômico. O relacionamento complexo dos elementos culturais com os processos políticos.
Seu estudo histórico comparativo sobre a ação coletiva, tem como referência os séculos XVIII e XIX, Tilly demonstra que cada época tem um repertório diferente e uma forma de organização que torna o movimento mais ou menos eficiente. Na perspectiva da sua sociologia do conflito, Tilly foi um crítico do individualismo metodológico, da microssociologia e da Teoria da Escolha Racional. [4] [5]
O "repertório" não é propriedade exclusiva de um dado grupo, mas uma estrutura compartilhada de conflito. Ele pode ser mais ou menos limitado, segundo cada estrutura histórica de conflito. O confronto é entendido como estruturante.
Não se pode recorrer a um esquema de atores lançando mão de meios para o alcance de fins específicos, ou seja, o emprego de um repertório dado de meios, como propõe a Teoria da Escolha Racional.
O conceito de "repertório" trata de interações, relações, entre grandes grupos de atores, e não ações isoladas. O conceito é relacional, uma interação entre várias partes. O "repertório" é estrutural e estruturante, engloba formas de pensar, desejos, valores e crenças e sua transformação. É, portanto, um conhecimento social sedimentado, composto por memórias e acordos compartilhados. Implica padrões e suas variações, o repertório delimita as possibilidades da rotina, como uma língua que varia nas falas e dialetos, ou na desempenho individual.
O conceito de "repertório" é utilizado para explicar a ação coletiva, o limitado leque de opções no confronto político, em determinados períodos históricos, dentro de processos culturais de longa duração e de suas correspondentes transformações sociais.
Tilly chegou ao conceito de "repertório", a partir da teoria interacionista de E. Goffman e do conceito de "mentalidade" da Escola de Annales, extraindo elementos das duas correntes, constituindo, assim, a sua metodologia de pesquisa e estudo da "política contenciosa".[6]
Formação do Estado nacional
Charles Tilly é muito conhecido por suas análises de grandes processos de transformação histórica como a formação dos estados nacionais europeus. Ele esforça-se por explicar como essa entidade política se tornou dominante em relação às organizações políticas anteriores. A formação dos Estados nacionais exigiu um elevado nível de coerção e de capital. A partir da Idade Média, o alto nível de coerção e capital fizeram o Estado nação preponderar sobre reinos menores e organizações do tipo cidade-estado, que passaram a ter duas opções : desaparecer ou seguir o modelo dos estados nacionais. A montagem de uma poderosa máquina de guerra foi fundamental nesse processo. A organizações pré-estatais diferenciavam-se pela quantidade de capital e pela capacidade de coerção sobre seus territórios. Veneza, por exemplo, usava o seu vasto capital para comprar os serviços de defesa militar, grupos mercenários, a Espanha, por sua vez, tinha como característica a extração intensa do capital escasso de sua população e a intensa coerção; portanto segurança e esforço de guerra explicam o rumo do processo histórico. Os governos sem máquina militar pujante padeceram diante de seus rivais. As diferenças de tamanho foram um fator determinante da supremacia da Espanha e França sobre os pequenos Estados italianos. O fator econômico isolado não necessariamente tem o poder explicativo de maior importância.
Não há modelo padrão, teleologia, esquemas simplificados de explicação, o autor mergulha na riqueza da história para entender a formação dos modernos estados nacionais. O autor desce a uma análise histórica detalhada e elenca outros fatores importantes na formação dos estados nacionais como as navegações, o comércio de longa distância, a necessidade de mercados integrados do capitalismo comercial, a luta da burguesia contra os poderes da nobreza feudal, despesas com veteranos de guerra, entendidos à luz da sua perspectiva teórica. (Cfr. Coerção, Capital e Estados europeus, AD 990- 1992) [3]
O esforço de guerra e a consequente necessidade de aumento da arrecadação para a formação de grandes exércitos seriam, também, os fatores responsáveis pelo surgimento do governo direto, ou da centralização administrativa, com a adoção de um sistema tributário único, sem interferência dos poderes locais. Tilly nega que os soberanos europeus tenham optado por um modelo de organização do Estado, e se esforçado para implementá-lo. A obtenção de recursos é missão difícil, implica concessões para as classes privilegiadas e poderes locais, como intervenções do Estado e serviços públicos, elementos fundamentais da barganha. As concessões para a extração de recursos, com o objetivo de dar conta do desafio imposto pelo imperativo dos padrões bélicos vigentes, explicaria o surgimento de várias instituições modernas.
Inglaterra e França, com sua combinação de coerção e capitais, não são padrões, formas ideais, ou modelos típicos de desenvolvimento, mas organizações que se tornaram dominantes, em decorrência das contingências históricas, ou do tipo de confronto bélico comum, e das respostas possíveis oferecidas pelas nações envolvidas, a partir de um dado momento. A República de Veneza possuía vasto capital e contratava serviços militares e assim viveu por muito tempo. Na Rússia, um acordo entre príncipes beligerantes permitiu uma coerção extensa e baixa capitalização do Estado, com base na exploração das atividades agrárias. (Cfr. Coerção, Capital e Estados europeus, AD 990- 1992) [3]
Charles Tilly, em Democracy, 2007, classifica os estados nacionais, num gráfico cartesiano, entre os de mais baixa capacidade e menos democráticos e os de maior capacidade e altamente democráticos, como também de alta capacidade e não democráticos e baixa capacidade e democráticos. A democracia é um conjunto de relações entre Estado e cidadãos que envolvem elementos como "extensão", ou seja, qual a quantidade dos grupos que podem apresentar demandas ao Estado, "igualdade", ou qual a disparidade de probabilidade dessas demandas se transformarem em ações do Estado, "proteção", quais a liberdades respeitadas pelo Estado nessa relação e, finalmente, os compromissos mútuos assumidos [7]

Premiações

Veron

Formado em filosofia desde 1961 na Universidade de Buenos Aires, estudou também no Laboratório de Antropologia Social do College de France, aluno de Claude Lévi-Strauss. Sua teoria de "Semiose Social" é referência no campo de semiótica.[1]
A partir de 1966, Verón foi professor do Departamento de Sociologia da Universidade de Buenos Aires como pesquisador científico e foi diretor do Centro de Investigações Sociais do Instituto Torcuato Di Tella. O regime militar dificultou e quase inviabilizou suas pesquisas. [2]

Pensamento

Sua formação é de filósofo e sociólogo. Verón procurou elaborar uma síntese entre psicanálise, marxismo e linguística estrutural. Estudou a comunicação associada a fatores políticos e discursos sociais nos meios de comunicação, e adotou uma interpretação ideológica dos meios de comunicação. Da lingüística, ele retirou os fundamentos para usar nas ciências sociais, sua referência foi a obra de Ferdinand Saussure, Verón seguiu a trajetória de seu professor Claude Lévi-Strauss.
Com Carlos E. Sluzki, diretor do Centro de Pesquisas Psiquiátricas do serviço de Neuropsiquiatria da Policlínica de Lánus, pesquisou os comportamentos e os sistemas de representação, relacionando a psicanálise com a teoria da comunicação. Verón também abordou questões epistemológicas e a teoria de Weber e Parsons. [3]

Obras

  • Conducta, Estructura y Comunicación, 1968.
  • Lenguaje y Comunicación Social, 1969.
  • Comunicación y Neurosis, com Slusks, 1970.
  • El Processo Ideológico, 1971, direção .
  • Imperialismo, Lucha de Classes y Conocimiento: 23 anos de sociologia em Argentina, 1974.
  • A Produção de sentido, 1980.
  • Construire I’ événement, Les médias et I’ accident de Three Mile island, 1981
  • Ethnographie de I’ exposition, I espace, le corps et le sens, com M. Levasseur, 1984
  • Les spectacles Scientifiques télévisés. Figures de la production et de la récepcion, com E. Fouquier, 1986
  • Peron o Muerte. Los fundamentos discursivos del fenômeno peronista, 1986.
  • La Sémioseis Sociale, fragmentos d’ una théorie de la discursivité, 1988.
  • Espaces du livre, 1989.
  • Esto no es un libro, 1999.
  • Efectos de agenda, 1999.

    Pensamento

    Com "Ascensão e queda das Grandes Potências", The Rise and Fall of the Great Powers , de 1987, obra traduzida em mais de 20 idiomas, com alcance enciclopédico, Paul Kennedy tornou-se mundialmente conhecido por sua tese que relacionava o crescimento das despesas militares das grandes potências, ao longo da historia, desde o ano 1500, com o seu declínio econômico e político. Potências como Espanha, Holanda, França, Grã-Bretanha e Alemanha passaram por esse processo, e os Estados Unidos também estavam fadados a lidar com o chamado esgotamento imperial.
    Dois anos após a publicação de seu livro, ocorreu o colapso da URSS. No caso da URSS, sua tese, a princípio, se confirmou, despesas militares sobrecarregaram o orçamento e comprometeram a produtividade da economia soviética, prejudicando outros setores fundamentais para a atividade industrial e a vida da população. Escassez generalizada, baixa qualidade dos produtos, falta de inovação tecnológica, atraso em relação ao Ocidente caracterizaram a economia soviética.
    Os fatores econômicos/tecnológicos e estratégicos/militares são os principais responsáveis pelo surgimento de potências em cada contexto, existem muitos outros fatores que explicam a projeção internacional de determinadas nações, em cada conjuntura histórica. Não há uma causa única ou um único fator determinante asseveram os especialista da área, Paul Kennedy concorda, mas destaca essa correlação como fundamental, a mais relevante, segundo sua teoria. A produtividade ou o desempenho econômico implicando em projeção no sistema internacional. [1] [2]
    Os outros fatores que explicam a projeção de grandes potências relacionam-se à geografia, ao tamanho da população, à organização militar, à coesão nacional, à identidade nacional e a um sistema de alianças em que o país encontra-se inserido.
    Sem riqueza acumulada, torna-se impossível a presença internacional como potência militar e a ação imperial. Os interesses estratégicos geram conflitos entre as potências, as guerras sangrentas pela disputa de objetivos estratégicos e a acumulação de riqueza. Há uma relação, no longo prazo, entre o crescimento econômico e o crescimento militar e também um declínio em face de um agigantamento do aparato militar, a debilitação da estrutura econômica. O Império Habsburgo, por exemplo, poderia ultrapassar seus rivais, mas o peso de sua estrutura militar, os repetidos conflitos debilitaram a sua base econômica. A economia enfraquecida, ou o desequilíbrio entre os recursos materiais e seu poder militar explicaria a sua perda de poder no sistema internacional da época.
    Os EUA, contudo, mantiveram-se como uma superpotência, beneficiados pela redução das despesas da corrida armamentista, fato que permitiu o retorno do setor público aos gastos tradicionais da economia, segundo as demandas da democracia, na era pós-guerra fria. O modelo realista de Paul Kennedy teria subestimado tais fatores, os mercados em sintonia com as demandas de uma sociedade democrática e livre, no contexto de fim da guerra fria; a força dos mercado doméstico, após a interrupção da corrida armamentista. Os EUA tornaram-se, então, a única superpotência do planeta, pois retiveram os três elementos fundamentais para essa definição, a força política, econômica e militar.
    Paul Kennedy também escreveu sobre o mundo na era da globalização, o papel da ONU, e os desafios do século XXI, a desigualdade de desenvolvimento entre países, a revolução tecnológica, o mercado financeiro e as crises especulativas, as imigrações e a ecologia. [3] [4]

    Condecorações

    • Commander of the Order of the British Empire, 2001
    • Fellow of the British Academy, 2003.
    • Caird Medal/The National Maritime Museum, 2005.
    • US Naval War College's Hattendorf Prize Laureate for 2014.

    Obras

  • Engineers of Victory: The Problem Solvers Who Turned the Tide in the Second World War, 2013
  • The Parliament of Man: The Past, Present, and Future of the United Nations, 2006
  • From War to Peace: Altered Strategic Landscapes in the Twentieth Century, 2000
  • Preparing for the Twenty-first Century, 1993
  • Grand